OPERAÇÃO ABADOM
08/07/2022 - 14:24
O investigador da Polícia Civil Cláudio Roberto da Costa, apontado pela Operação Abadom, em 2014, como integrante de um grupo de policiais que favorecia traficantes, pediu na Justiça o direito de voltar a trabalhar nas ruas. Ele foi convidado a trabalhar na Delegacia de Especializada de Delitos de Trânsito (Deletran), mas precisa de autorização judicial para voltar para as ruas.
Ele chegou a ser afastado da Polícia, porém conseguiu na Justiça o direito de trabalhar no setor admninistrativo da força de segurança. Cláudio faz parte do grupo que inclui o delegado João Bosco Barros, sua esposa, a investigadora Gláucia Cristina Moura Alt, e os investigadores Leonel Constantino de Arruda e Márcio Severo Arrial.
As investigações mostraram que eles davam 'proteção' a traficantes de Várzea Grande e os extorquiam para evitar que os criminosos fossem presos. Os valores chegaram a R$ 100 mil.
Costa pediu ao Judiciário para revogar a medida cautelar que o proíbe de participar de ações operacionais. Ele argumentou que já se passaram mais de dois anos da medida cautelar, 'sem contar que o processo tramita há mais de 7 anos sem ao menos encerrar a instrução processual'.
O pedido foi negado pela Vara Especializada em Ações Coletivas. 'Os fatos narrados na inicial, evidenciam a gravidade da conduta supostamente praticada pelos demandados, já que apontam para uma associação dos requeridos a traficantes, conferindo-lhes proteção e, concomitantemente, os extorquindo', diz trecho da decisão.
Também foi marcado para 18 de agosto, às 14 horas, a audiência de instrução do caso, que será realizada de forma híbrida, ou seja, presencialmente e também com participantes de forma virtual.