OPERAÇÃO CONVESCOTE
12/07/2022 - 09:39
A Vara Especializada em Ações Coletivas manteve o bloqueio de bens da ex-servidora da Assembleia Legislativa, Drieli Azeredo Ribas, mesmo após a morte dela. A engenheira civil foi denunciada pelo Ministério Público Estadual (MPE) por fazer parte de um esquema na AL que desviou mais de R$ 3 milhões através de convênios entre 2015 e 2017.
Drieli morreu em fevereiro de 2021, aos 32 anos, um mês após ter sido diagnosticada com um tumor no cérebro. Por causa da morte da ré, o pai dela, Milton Juvêncio Ribas, foi citado no processo e se torna parte da ação por ser um dos herdeiros de Drieli e responsável pela herança dela.
Segundo as investigações da Operação Convescote, o grupo criminoso criava 'empresas fantasmas' para firmar convênios que não seriam executados. Essas empresas emitiam notas frias, como se os serviços tivessem sido prestados, para que a Assembleia pagasse a conta.
Em seu depoimento ao Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), em 2017, Drieli confessou fazer parte do esquema e disse que atestava que os serviços haviam sido prestados, mesmo sem a AL ter recebido as ações previstas em contrato.
Ao todo foram bloqueados R$ 2,3 milhões em bens e contas de Drieli e outros nove envolvidos no esquema, que era liderado pelo então secretário-executivo de Administração do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Marcos José da Silva, e sua esposa Jocilene Rodrigues, então funcionária de uma das empresas envolvidas.