Sexta-feira, 6 de dezembro de 2024
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CENTRO MULTIUSO

Vereadora cita dano ao meio ambiente e quer embargar obra da prefeitura

 

A vereadora Edna Sampaio (PT) ajuizou ação popular com pedido de liminar ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) para embargar a obra de um centro multiuso destinado à União Cuiabana de Associações de Moradores de Bairros (Ucamb) e à Federação Matogrossense de Associações de Moradores de Bairros (Femab), que está sendo construído na região do bairro Jardim Flamboyant, em Cuiabá.

Segundo denúncias de moradores da região, a obra está desmatando o entorno da nascente do córrego do Pari, que deságua no rio Cuiabá, uma área de preservação permanente.

Segundo a ação, no local,  há diversos olhos d’água perenes e a obra já vem causando impacto à fauna e à flora local, com desmatamento de grande parte da região e a morte de animais silvestres, e a construção prevê mais derrubadas, frisando que a degradação de áreas consideradas de preservação permanente configura-se crime. 

Edna Sampaio pede a suspensão imediata e definitiva da obra, e que o município seja condenado a restaurar a área degradada. 

“É sabido que  no local existem vários animais silvestres, nascentes de água, além de árvores comuns no cerrado, como angicos, ipês, bananeiras, aroeira, entre outras. Entretanto, a obra em questão está sendo realizada sem respeitar o entorno de um raio de 50 metros da nascente, indo na contramão dos princípios constitucionais de preservação e desenvolvimento sustentável”, diz o texto.

Os moradores pedem a realização de um estudo de impacto ambiental.

Segundo um dos autores das denúncias, Jupirany de Odé, presidente de honra da Associação Casa de Oxóssi, localizada na região,  já foram registradas mortes de cobras e de macacos no local. 

“Essa nascente vai até o rio Cuiabá, com uma margem de cerca de  50 metros, por onde sobem capivaras, cutias, pacas, macacos etc. Então, também tem a questão da fauna, como vamos fazer para preservá-la? Não somos contra a obra, mas contra a destruição. Se for comprovado que não terá impacto e se for feita uma readequação para que se possa preservar o máximo possível da área verde, este é o intuito da população”, disse ele.

 
 
 
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