Quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025
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OPERAÇÃO DAEMON

Lamborghini do 'Rei do Bitcoin' é vendida por R$ 805 mil

 

A Lamborghini Gallardo C4 do empresário Claudio José de Oliveira, o 'Rei do Bitcoin' condenado à prisão em abril por fraude, foi vendida por R$ 805 mil para um comprador do Rio de Janeiro, RJ. O esportivo italiano, modelo 2010, foi colocado em leilão online nesta sexta-feira (22) por lance inicial de R$ 629 mil.

O arremate fez parte de uma oferta de bens milionários tanto de José de liveira quanto de seu grupo, o Bitcoin Banco - um primeiro leilão aconteceu em 2021. Além da Lamborghini, estão sob martelo uma BMW 750I e uma Honda HR-V Touring, além de um conjunto de bolsas de luxo. Até quinta-feira, a expectativa da casa de leilões Kronberg, responsável pelo evento, é que apenas a venda desses veículos arrecade mais de R$ 1 milhão.  O dinheiro será usado para  pagamento de credores. 

Segundo registro no leilão, o veículo está em 'regular estado, com boa aparência, com alguns riscos e avarias'. A Lamborghini Gallardo C4 é capaz de ir de 90 a 100 km/h em 3,7 segundos, e alcançar velocidade máxima de 325 km/h, segundo informações da PF.

A pintura curiosa tem motivo: desde a apreensão realizada pela Operação Daemon, (operação que buscava possíveis fraudes de criptomoedas deflagrada em junho do ano passado), a Lamborghini do 'Rei do Bitcoin' havia sido usada pela Polícia Federal no Paraná para exposições, eventos e ações pedagógicas de repressão ao crime organizado e descapitalização de bens das organizações criminosas - em março, por exemplo, o modelo participou da inauguração da então nova sede nacinal da PF em Brasília.

O arranjo era temporário: o órgão ficaria com o esportivo e posteriormente devolveria ao Poder Judiciário, que o levaria a leilão.

Além da Ferrari, foi também arrematada uma bolsa de couro da marca Hermés, vendida a um comprador em Balneário Camboriú, Santa Catarina, por R$ 20,5 mil.

Claudio José de Oliveira foi condenado por envolvimento em um golpe baseado em simulações de negociações em Bitcoin, realizadas através de suas corretoras. Segundo a investigação, 7 mil pessoas foram vítimas da fraude, avaliada em 1,5 bilhão de reais.

 

 
 
 
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