Quinta-feira, 5 de dezembro de 2024
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FORMIGUEIRO

Cursos proporcionam melhor aproveitamento da terra por famílias da comunidade

 

No mundo atual, nem todas as famílias que moram no campo vivem, de fato, do campo. Muitos decidiram ir viver em uma chácara ou sítio após a aposentadoria. Outros vivem na zona rural, mas trabalham na cidade e, dessa forma, a terra não rende tudo aquilo que poderia produzir. Com o objetivo de balancear essa realidade é que a Prefeitura de Várzea Grande, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural Sustentável, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT) e com o Sindicato Rural de Nossa Senhora do Livramento, tem levado qualificação profissional às comunidades rurais de Várzea Grande. 

Um exemplo é a região do Formigueiro, onde já foram realizados cursos de identificação e uso de plantas medicinais, controle de formigas cortadeiras e cupins, cultivo de banana, avicultura e, na última semana, olericultura orgânica, que é a plantação de horta. A última capacitação foi feita a uma turma de 15 pessoas. De acordo com o biólogo e instrutor Rafael Reginato Ávila, foram abordados tópicos como manejo do solo, adubação, identificação e combate de pragas, entre outros. Ele destaca que um ponto forte é a característica orgânica da produção. 

“Estamos trabalhando baseado em produtos orgânicos, como esterco e compostagem. Isso porque os alimentos orgânicos têm valor de nutrientes maior e também para eles saberem reutilizar os materiais que têm dentro da propriedade, como folha seca, esterco, que às vezes é descartado e pode ser utilizado dentro da horta”, explica. Ao longo do treinamento, uma horta coletiva foi plantada. 

O vigilante Carlos Roberto Santana Brandão, que tem uma pequena criação frangos e plantação de pitaya, maracujá e banana, afirma que sempre teve vontade de trabalhar com horta, mas, como não tinha o conhecimento necessário, ainda não havia realizado o projeto, que vai sair do papel após o curso. “Por enquanto é pra consumo próprio. Pelo menos para não ter que ir no mercado comprar. A gente procura trabalhar da forma que dá na terra, pelo menos para ter para a família, pois já economiza, e vende na própria comunidade”, relata. 

A opinião é compartilhada pela aposentada Antônia da Guia Souza Silva, que já cria frangos e ovos para consumo próprio. “A gente está fazendo mais para consumo da comunidade. Mas se alguém quiser comprar o excedente, a gente vai vender também”, afirma. Ela destaca que já fez outros cursos levados pela Prefeitura, Senar e Sindicato Rural para a localidade, como avicultura, plantas medicinais e cultivo de banana e que esses conhecimentos têm sido colocados em prática. “Eu amei! Todos os cursos que eu fiz foram maravilhosos e têm nos ajudado muito! Pra mim, por exemplo, o da avicultura ajudou muito porque eu achei que sabia, mas não sabia nada”. 

Membro da Associação Comunitária Agrícola do Formigueiro (Ascaf), a aposentada Lourdes Costa dos Santos destaca a importância das parcerias firmadas pela Prefeitura para levar conhecimento técnico, que tem beneficiado os moradores da região. “É maravilhoso! Os instrutores que vêm são uma benção. Esses meninos da Secretaria que estão vindo são muito bons. O atendimento está sendo ótimo! Eles estão dando assistência para nós”, comenta. 

Carlos Roberto Santana Brandão também elogia a presença do Executivo municipal naquela região. “Esses cursos têm sido muito úteis pra nós. É importante para nós o pessoal da Prefeitura vir aqui porque assim eles ficam sabendo o que nós estamos precisando”. 

De acordo com engenheiro agrônomo da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural Sustentável (SEMMADRS), Francisco Nunes de Oliveira Júnior, no Formigueiro, além das capacitações, os moradores também receberam da Prefeitura um trator para uso coletivo. Ele adiantou também que, em breve, serão realizados outros cursos do Senar-MT, como operação e manutenção de motosserra, aproveitamento de alimentos e panificação artesanal.

 
 
 
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