ASSALTANTE DE CARRÕES
02/09/2022 - 14:25
O líder de uma quadrilha de roubo de carros em Cuiabá acusou a polícia de coagir um dos integrantes da quadrilha para confessar os crimes. W.M.S., mais conhecido como 'Tatu', afirmou à Justiça que W.F.A. prestou depoimento 'mediante coação e com o objetivo de ser colocado em liberdade'.
'Tatu' é apontado como o líder de uma quadrilha que roubava carros e depois os revendia em sites e redes sociais. Entre as vítimas do grupo está o juiz A.E.F., que teve a caminhonete roubada em um assalto na Praça Popular em outubro de 2020.
Além de Tatu, outras 10 pessoas respondem pelos delitos de organização criminosa, roubo majorado, receptação, adulteração de sinais identificadores de veículos, uso de documentos falsos, falsidade ideológica e estelionato.
Relatório pedido pela Polícia Civil ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) mostrou que Tatu movimentou entre maio e novembro de 2020 mais de R$ 2,6 milhões, 'valor incompatível com sua renda declarada ou presumida'.
Apesar da denúncia de Tatu, o juiz Jean Bezerra, da 7ª Vara Criminal, negou anular o depoimento de W.F.A., tendo em vista que 'não há qualquer indício' de coação ao réu e que a defesa de Tatu nem mesmo 'informou os nomes dos policiais que teriam praticado as agressões e ameaças e, tampouco, demonstrou que estes possuam qualquer interesse de imputar falsamente a prática de crime em desfavor dos denunciados'.
O magistrado também marcou a audiência de instrução e julgamento, que será realizada entre os dias 17 e 21 de outubro. No primeiro dia serão ouvidos o delegado que investigou o caso, Gustavo Garcia, assim como os investigadores. O juiz que foi vítima da quadrilha poderá escolher em que dia irá testemunhar.