CASO SCHEIFFER
Da Redação
01/06/2023 - 20:33
A condenação de 20 anos de prisão do cabo Lucélio Gomes Jacinto, que matou o tenente Carlos Scheifer, do Batalhão de Operações Especiais (Bope), em um confronto forjado em maio de 2017 será revista e pode ser diminuída. Ele conseguiu junto à 1ª Câmara Criminal, que a pena fosse revista, no entanto, a condenação continua.
A revisão está marcada para 8 de agosto, conforme decisão publicada no Diário de Justiça desta quinta-feira (1º). A 11ª Vara Criminal vai rever a pena porque, segundo recurso acatado pela 1ª Câmara Criminal, a dosimetria "não observou determinações de ordem constitucional, o que implica em sua nulidade".
Jacinto foi condenado em março de 2022 após um julgamento que durou nove horas. A pena foi alta não só por causa do tiro que levou o tenente à morte, mas também porque houve omissão no socorro à vítima.
Inicialmente, os policiais envolvidos alegaram que Scheifer foi morto durante um confronto com traficantes em Matupá (695 km ao norte de Cuiabá), em uma ação realizada em maio de 2017. No entanto, as investigações mostraram que o tiro que matou o tenente veio da arma de Lucélio e que o confronto foi inventado para encobrir a morte.
Em seu voto, que foi seguido na íntegra, o desembargador Paulo da Cunha lembrou que o cabo Jacinto tentou esconder o crime e só admitiu a morte após o resultado da perícia. Apesar desse agravante, na hora de dosar a pena, de acordo com o desembargador, os juízes não "indicaram as razões que os levaram a fixar a reprimenda no patamar estabelecido na sentença, qual seja, de 20 anos de reclusão".
Hoje, o cabo continua na ativa. Uma eventual perda de graduação só será julgada após o trânsito e julgado da condenação na esfera criminal.
Acredita que o Cuiabá permanece na série A?