Governador demite policiais que cobraram propina de R$ 20 mil para liberar carro roubado

O governador em exercício, Otaviano Pivetta (Republicanos), determinou a demissão de dois investigadores da Polícia Civil que cobraram propina de R$ 20 mil para liberar um carro apreendido por ser produto de roubo. O caso é de 2017, mas a exoneração só foi decidida em novembro, com publicação no Diário Oficial no dia 17.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), três investigadores que atuavam na Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos (DERFVA), em Cuiabá, cobraram a propina do motorista que teve o carro apreendido. Durante o processo um dos servidores acabou falecendo, por isso a punição será aplicada a apenas dois deles.

No dia do crime, os policiais foram até o assentamento rural onde morava a vítima e apreenderam o carro dele, afirmando que o veículo era roubado. No transporte até a delegacia, eles conversaram sobre a possibilidade de um 'acerto' para que o homem não fosse preso e o carro liberado.

A vítima pagou os R$ 20 mil e ainda foi ameaça de que se denunciasse a extorsão 'teria o filho morto na cadeia'. Apesar da pressão, o homem denunciou a cobrança de propina que acabuo levando à perda do cargo público dos policiais.