Domingo, 16 de fevereiro de 2025
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DESVIOU DINHEIRO

Justiça reconhece prescrição e servidor do TJ condenado por corrupção reverte exoneração

A demora do próprio Judiciário em julgar o servidor Pitágoras Pinto de Arruda fez com que ele se livrasse de perder o cargo após desviar R$ 28 mil do recurso destinado ao pagamento de psiquiatras. O esquema foi revelado pela Operação Regressus, em 2018, e envolvia até o famoso estelionatário Marcelo nascimento da Rocha, o Marcelinho VIP.

O reconhecimento da prescrição punitiva é da juíza Ana Cristina Mendes, da 7ª Vara Criminal e foi publicado no Diário de Justiça de 21 de novembro. A magistrada ainda determinou a comunicação do setor de recursos humanos do Tribunal de Justiça de Mato Grosso sobre a prescrição da condenação.

Pitágoras trabalhava na Vara de Execuções Penais em Cuiabá e usou a senha do juiz Geraldo Fidélis para desviar dinheiro que deveria ser pago a psiquiatras que faziam laudos dos detentos. Os valores foram enviados para a conta da mãe do servidor público entre 2016 e 2018.

Por ser servidor de confiança no gabinete do juiz, ele tinha as senhas do sistema e justificava os desvios como se tivessem sido pagos aos peritos que avaliam os reeducandos para autorizar a progressão de regime.

Na Operação Pitágoras foi revelado que Pitágoras deixava de pagar os médicos para utilizar o dinheiro em proveito próprio. Durante a ação ele devolveu o valor desviado.

Em agosto deste ano ele chegou a ser condenado à prisão e a perder o cargo, porém, pelo tempo de condenação, o caso deve ser julgado pelo Judiciário em até quatro anos, prazo que expirou em maio, já que ele foi denunciado em maio de 2018.

 
 
 
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