OPERAÇÃO COVERAGE
29/11/2022 - 11:07
O vereador cassado e policial militar Marcos Paccola (Republicanos) pediu o adiamento da audiência de instrução da ação que investiga as fraudes cometidas por PMs no sistema de registro de armas para acobertar colegas. A primeira fase do julgamento foi designada para 16 de dezembro.
Esse não é o primeiro adiamento do caso. Inicialmente a audiência seria realizada em maio e depois foi redesignada para 29 de novembro. Dessa vez uma nova data foi marcada porque a defesa dos militares alegou que não poderia comparecer nesse dia, sendo necessário o adiamento. A sessão será realizada de forma virtual, por meio de videoconferência.
Além do tenente-coronel Paccola são réus o 2º tenente Cleber de Souza Ferreira, o tenente Thiago Satiro Albino e tenente-coronel Sada Ribeiro Pereira. Eles são investigados por participar de um esquema em que policiais adulteravam registros de arma de fogo com falsificação de documentos e inserção de dados falasos no sistema para ocultar homicídios cometidos por colegas de farda.
As fraudes foram reveladas pela Operação Coverage, em 2019. As alterações realizadas pelos militares ocorreram entre 2015 e 2016 para acobertar pelo menos três execuções e quatro tentativas de homicídios praticados pelo grupo de extermínio em Várzea Grande que ficou conhecido como 'Mercenários'. Eles assassinavam suspeitos de crimes e também se vingavam por atos cometidos contra policiais.
Paccola chegou a admitir as fraudes, mas justificou que as informações falsas inseridas no sistema seriam fruto de erro administrativo e não de ato criminoso. Ele também afirmou à imprensa não ter arependimentos sobre o caso.