04/03/2023 - 18:26
A Receita Federal acionou o Ministério Público Federal (MPF) para apurar o caso das joias trazidas ilegalmente pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no ano de 2021 e que foram apreendias no aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos. As joias seriam um presente do governo da Arábia Saudita para a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
O caso aconteceu em 26 de outubro de 2021, mas só veio a tona essa semana. À época, representantes do governo Bolsonaro trouxeram um colar, um par de brincos, um anel e um relógio da marca Chopard, no valor de 3 milhões de euros, o equivalente a R$ 16,5 milhões. As joias, porém, acabaram aprendidas pela alfândega no aeroporto. Elas estavam na mochila de um assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, Marcos André dos Santos Soeiro, que esteve no Oriente Médio na comitiva do ministro. É exigida declaração ao fisco de qualquer bem que entre no país cujo valor seja superior a 1 mil dólares.
Por outro lado, em sua defesa, após o caso vir à tona na imprensa, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou ilegalidade no caso das joias avaliadas em mais de R$ 16,5 milhões. 'Estou sendo acusado de um presente que eu não pedi, nem recebi. Não existe qualquer ilegalidade da minha parte. Nunca pratiquei ilegalidade. Veja o meu cartão corporativo pessoal. Nunca saquei, nem paguei nenhum centavo nesse cartão”, disse Bolsonaro à CNN Brasil.
Apesar das quatro tentativas de resgatar as peças, envolvendo o gabinete presidencial de Bolsonaro, três ministérios (Economia; Minas e Energia; e Relações Exteriores) e militares, os itens continuam retidos na Receita Federal. Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação Social de Bolsonaro, apresentou um ofício do gabinete pessoal da Presidência da República no qual indicava que os itens deveriam ser encaminhados para análise quanto à incorporação ao acervo privado ou ao acervo público da Presidência.
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