Quinta-feira, 3 de outubro de 2024
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RECUPERAÇÃO EM RISCO

Além de fraudar recuperação, advogados acusam produtor morto de enriquecer a partir de golpes

Além das fraudes feitas em nome de Jairo após a sua morte - o pedido de recuperação judicial foi realizado 'por ele' mais de um ano e oito meses após o falecimento - os advogados afirmam que o histórico da família é de golpes para construir o patrimônio. Eles tentam na Justiça que sejam desbloqueadas duas fazendas que já tinham decisão favorável para pagamento de dívidas, mas que tiveram venda suspensa por causa da recuperação judicial.

Na ação, os advogados lembram que Jairo tem 'ficha criminal extensa' com passagens por crimes como estelionato, descaminho, crime contra o sistema financeiro e contra a ordem tributária. Em um dos casos, em 2007, ele fez funcionários assinarem papéis em branco alegando que conseguiria incluí-los em assentamentos rurais, mas na verdade usou para conseguir empréstimos em nome deles.

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Além disso, a ação afirma que o pedido de recuperação judicial também contém fraudes, como a inclusão de credores que tiveram pedido negado pela Justiça, assim como a falta de comprovação de atividade comercial nas empresas.

'As evidências da inexistência da função social são claras. A começar pelo fato de que no pedido de Recuperação Judicial as pretensas Recuperandas informaram que o ‘Grupo Dias Pereira’ possui apenas 10 funcionário, sendo que 100% deles são empregados diretamente por pessoa física. Ou seja, nenhuma das empresas possui funcionário, o que por si só demonstra que elas não estariam ativas', diz trecho do documento.

E que as fazendas que os sócios declaram serem essenciais para subsistência possuem mais de 37 mil hectares e estão 'sem nenhum tipo de exploração durante décadas, como restou constatado pelo laudo de avaliação' e que em toda essa área são criados menos de 100 animais.

'Ou seja, trata-se de um plano sórdido arquitetado para construir uma fortuna em patrimônio às custas de golpes praticados contra o mercado financeiro, contra fornecedores, contra funcionários e contra o fisco e evitar a todo custo o pagamento de dívidas contraídas utilizando-se indevidamente do Judiciário para atingir fins, no mínimo, espúrios', criticam ainda os advogados.

 
 

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