'SENHORA RABELO'
26/04/2023 - 11:04
Denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) sobre Thaisa Souza de Almeida Silva Rabelo, esposa do líder do Comando Vermelho em Mato Grosso, Sandro Silva Rabelo, o 'Sandro Louco', mostra que a primeira-dama do crime ostentava uma vida de luxo, dirigindo carro avaliado em R$ 300 mil e morando no Florais da Mata, com aluguel pago sempre em dinheiro vivo. Ela está presa desde março deste ano, quando foi alvo da Operação Ativo Oculto.
Thaisa tem um relacionamento com Sandro desde 2012, 'de acordo com as investigações, a denunciada, em tese, integra a organização criminosa, obedecendo às ordens de seu marido, além de auxiliar os familiares de outros presos'.
Mesmo sem ter emprego registrado ou qualquer fonte de renda lícita, ela dirigia uma Hillux avaliada em R$ 300 mil, além de ter 'propriedades na zona rural e reside em locais de alto padrão, cujos pagamentos ocorrem sempre com dinheiro em espécie e com o auxílio de terceiros'.
Antes de morar no Florais, a primeira-dama vivia em um apartamento de luxo no condomínio Brasil Beach, que também teve aluguel registrado no nome de outra pessoa e os valores pagos sempre em dinheiro, para não deixar rastros de movimentação financeira.
Os contratos de aluguel eram fechados no nome de uma servidora pública da Prefeitura de Várzea Grande, que tem salário de R$ 2.082, mas que arcava com aluguéis de cerca de R$ 10 mil e ainda pagava o valor do caução para eventuais prejuízos nos imóveis.
Nesses imóveis, segundo registro das portarias dos condomínios, ela recebia outros membros do Comando Vermelho e até condenados por tráfico de drogas. Entre as visitas registradas está uma mulher que foi presa por tentar entrar na Penitenciária Central do Estado (PCE) com celulares nas partes íntimas.
Entre as 'compras' feitas por Thaisa está um terreno em Acorizal (62 km ao norte de Cuiabá) avaliado em R$ 435 mil. O imóvel foi adquirido através de Felipe Antônio Bruschi, mais conhecido como 'Loirão' do Comando Vermelho.
'Assim, verifica-se que, ao longo dos anos, o grupo criminoso vem, aparentemente, adquirindo bens e serviços mediante pagamento em moeda corrente, com o objetivo de burlar os registros financeiros, ocultar e dissimular a natureza e origem ilícita dos recursos financeiros da organização criminosa', diz trecho da denúncia do MPE.
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