Terça-feira, 3 de dezembro de 2024
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RESTOS DO TITAN

Primeiras imagens dos destroços do Titan retirados do mar

Partes do submersível que implodiu foram levadas para o Canadá

O navio canadense Horizon Arctic depositou, nesta quarta-feira (28), no porto de São João da Terra Nova, no Canadá, os restos do submersível Titan, que implodiu com cinco ocupantes a bordo, no dia 18, quando descia em direção ao local onde o Titanic está, no fundo do mar.

Imagens captadas pela emissora pública canadense CBC na manhã de hoje mostram os guindastes do Horizon Arctic descarregando grandes pedaços do Titan no porto da cidade canadense.

O Horizon Arctic, operado pela empresa canadense que também é proprietária do Polar Prince, navio-mãe do Titan, recuperou os destroços do fundo do Atlântico com o Odysseus, veículo operado remotamente.

A empresa proprietária do Odysseus, a Pelagic Research Services, informou hoje em comunicado que a equipe concluiu "com êxito" as operações em alto-mar e está agora realizando seu "processo de desmobilização" do Horizon Arctic, após dez dias úteis.

Entre as imagens publicadas pela CBC, pode-se ver intacta a proa do submersível, uma peça hemisférica cinza com uma pequena vigia por onde os ocupantes do barco podiam observar o exterior.

A vigia parece ter perdido o pedaço de material transparente que a cobria.

Outra peça do Titan descartada pela Horizon Arctic tem grandes dimensões e parece ser um maquinário localizado na parte traseira do veículo.

O Titan era feito de titânio e fibra de carbono.

Assim que o Horizon Arctic atracou em uma das docas do porto de São João da Terra Nova, uma equipe de investigadores do Transportation Security Bureau (TSB) do Canadá embarcou no navio.

Tanto o TSB quanto a Real Polícia Montada do Canadá abriram investigações para determinar as circunstâncias do acidente do Titan.

O TSB ressaltou que, como autoridade responsável pelo navio-mãe do submersível, “fará uma investigação de segurança sobre as circunstâncias da operação realizada pelo navio de bandeira canadense Polar Prince”.

A Guarda-Costeira dos Estados Unidos anunciou, no domingo, uma investigação oficial para apurar as causas da implosão sofrida pelo submersível, que desapareceu há uma semana, com cinco pessoas a bordo, quando viajava para ver os restos do Titanic.

No domingo, a Guarda-Costeira americana informou a respeito de outra investigação oficial sobre a perda do submersível, que tentará descobrir o motivo da tragédia.

A investigação será conduzida pelo capitão Jason Neubauer, que, em entrevista coletiva, explicou que o principal objetivo é “evitar que algo semelhante aconteça” no futuro, fazendo “as recomendações necessárias para melhorar a segurança marítima em todo o mundo”.

O Polar Prince foi encarregado de rebocar o submersível Titan no dia 16 com seus cinco ocupantes do porto de São João da Terra Nova até o ponto no Atlântico onde ele foi submerso, a cerca de 600 km a sudeste, onde estão os restos do Titanic.

De acordo com autoridades americanas, o Polar Prince perdeu contato com o Titan no dia 18, 105 minutos após iniciar seu mergulho em direção ao Titanic.

O acidente do Titan causou a morte de seus cinco ocupantes: o milionário empresário paquistanês Shahzada Dawood com seu filho, Suleman, um estudante de 19 anos; o explorador britânico Hamish Harding; o explorador francês Paul-Henry Nargeolet; e o CEO da empresa OceanGate, Stockton Rush.
 
 
 
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