Pela segunda vez em menos de dois anos o policial militar Maurício Alves da Guia consegue reverter na Justiça sua situação e retornar à Polícia Militar, de onde havia sido exonerado. Ele é acusado de cobrar propina para não aplicar multas, além de ter fraudado um boletim de ocorrência.
Em portaria publicada no Diário Oficial do Estado de 12 de julho, o comandante-geral da PM, coronel Alexandre Mendes, determina a reintegração do cabo, que terá direito a receber salários e férias do tempo que esteve afastado. Ele foi demitido pela primeira vez em 2021, retomou o cargo em 2022 e no mesmo ano foi exonerado novamente, conseguindo apenas agora o retorno à corporação.
O caso é de julho de 2016, mas desde então vem sendo desenrolado após os sucessivos recursos do militar quando foi condenado à exoneração. Com a volta à Polícia Militar, ele também terá direito a eventuais promoções de patente por tempo de serviço.
Maurício e mais um outro colega de farda são réus pelo crime de concussão, ou seja, quando um servidor público pede pagamento indevido para não fazer o seu trabalho ou fazê-lo de forma irregular.
Segundo apuração da Corregedoria da Polícia Militar, eles cobravam valores para deixar de aplicar multas. O dinheiro era dividido com a empresa de guincho, que também fazia parte do esquema.
Maurício também acusado de falsidade ideológica, por inserir informação falsa em um boletim de ocorrência. Ele afirmou no documento que entregou um carro furtado que foi recuperado para a dona, no entanto, ela não tinha chave reserva e teve que contratar o guincho que fazia parte do esquema, no entanto, essa parte da ação não foi mencionada no boletim.