O juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Jean Garcia de Freitas Bezerra, decidiu manter a apreensão de um jet ski (moto aquática), apreendida durante a operação Segundo Caminho que investigou uma facção criminosa que financiou campanhas políticas em Mato Grosso.
O autor da ação e proprietário do jet ski, solicitava a restituição do bem que segundo ele não mais interessavam ao processo. Esclarece ainda que a despeito de os veículos terem sido apreendidos na posse um denunciado da operação: "Tal fato teria se dado porque o requerente havia deixado os bens em uma oficina especializada para venda e esta, por sua vez, os entregou (...) para que fizesse testes e decidisse se fecharia negócio".
Alegando ainda que não possuia qualquer vínculo com o investigado na operação.
No entanto, segundo a decisão, os fundamentos da narrativa não possuem "lastro", pois o requerente sequer indicou qual seria a oficina, bem como não juntou prova nesse sentido, revelando-se pouco crível que uma moto aquática, de valor monetário considerável, fosse deixada na posse de terceiros desconhecidos sem a anuência do proprietário.
Conforme o exposto, o magistrado entendeu que: "verifica-se que a propriedade dos bens é duvidosa e sua confirmação, no momento, demandaria dilação probatória incompatível com a natureza sumária do procedimento criminal, pelo que INDEFIRO o pedido em sua integralidade", diz a decisão.
