A juíza Ana Cristina Mendes, da 7ª Vara Criminal, manteve a prisão de oito integrantes do Comando Vermelho que lideravam a venda de drogas na região de Brasnorte (579 km a noroeste de Cuiabá). Um deles é uma mulher conhecida como “Loira do Comando Vermelho” com dois filhos menores de 12 anos, que não conseguiu a liberdade condicional.
Os réus organizavam a venda entorpecentes através de grupos de WhatsApp que tinham nomes como Móveis Gazim, Super Lojas União, Tabajara F.C. e Progresso e Cartório. Nesses grupos eles avisavam sobre a chegada do material ilegal, assim como a falta do produto para o abastecimento das "bocas de fumo".
Para a magistrada, "a manutenção da segregação cautelar ainda se faz necessária, a fim de se interromper ou diminuir a atuação de integrantes de organização criminosa, enquadrando-se no
conceito de garantia da ordem pública, constituindo fundamentação cautelar idônea e suficiente para manter a prisão preventiva".
"Além de haver nos autos a demonstração satisfatória da ocorrência de infrações penais indicadas, supostamente praticados pelos denunciados, soma-se ao fato de que a maioria deles figura no polo passivo em outros inquéritos policiais, ações penais e execuções penais, muitos deles por crimes correlatos aos fatos em apuração, concluindo que a reiteração de condutas delituosas, protagonizadas por parte dos acusados seria extremamente palpável, colocando em risco à ordem pública e própria segurança da coletividade", diz ainda trecho da decisão.
No mesmo documento a juíza definiu a data para a audiência de instrução e julgamento. Os réus e as testemunhas serão ouvidas nos dias 21 e 22 de agosto, por meio de videoconferência.