Uma decisão do juiz Jean Bezerra, da 7ª Vara Criminal, manteve a prisão de dois integrantes do Comando Vermelho em Tangará da Serra (239 km a médio-norte de Cuiabá) responsáveis pela contabilidade da venda de drogas na região. Para a magistrada, a liberdade deles representa risco "à garantia da ordem pública".
J.D.A. e R.C.L. aparecem nos arquivos de contabilidade do Comando Vermelho em Tangará da Serra que foram encontrados no celular de um dos integrantes da facção que foi preso pela Polícia. J. responde pelos crimes de tráfico de drogas e receptação, já R. é réu pelos crimes de roubo, posse irregular de arma de fogo, tráfico de drogas e receptação. O cometimento desses vários crimes demonstra, segundo a juíza, "a reiteração delituosa".
"Assim, em reanálise da segregação cautelar, entendo estarem presentes os fundamentos da custódia cautelar anteriormente decretada, a qual bem delineou a necessidade da cessação da atividade criminosa perpetrada pelos denunciados e os riscos que a liberdade destes acarreta à garantia da ordem pública", diz trecho da decisão.
"Ainda, é pacífico o entendimento de que a necessidade de interromper a autuação dos integrantes de organizações criminosas justifica a decretação da prisão preventiva, de modo que a gravidade concreta do delito, consolidada pela existência de Orcrim, que demonstra estar em plena atividade, reforça a imprescindibilidade da medida extrema da prisão preventiva", enfatizou ainda a magistrada.