Sábado, 22 de março de 2025
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CASO SCHEIFER

Justiça aumenta pena de cabo por matar tenente da PM em "emboscada"

Scheifer foi morto pelo colega de farda durante uma ação para combater o "novo cangaço"

Foto: Reprodução

Justiça aumenta pena de cabo por matar tenente da PM em
O cabo da PM Lucélio Gomes Jacinto tentou recorrer de sua sentença de 20 anos de prisão, mas, ao ser reformulada a sentença, a pena foi aumentada para 21 anos e 4 meses de prisão em regime fechado. Ele foi condenado por matar o 2º tenente Carlos Henrique Scheifer em uma emboscada durante uma ação em Matupá (695 km ao norte de Cuiabá).
 
Scheifer foi morto pelo colega de farda durante uma ação para combater o "novo cangaço". Inicialmente a versão foi de que ele havia sido atingido por um tiro dado por um dos criminosos que eles perseguiam. Depois de dias atrás desse suposto bandido que havia fugido, foi descoberto através de perícia que a bala que matou Scheifer saiu da arma de Jacinto. Os dois policiais haviam discutido dias antes por causa da morte de um suspeito em outra ação.
 
Ele foi condenado inicialmente a 20 anos de prisão, pena que foi aumentada pelo crime ter sido cometido por agente da segurança, por motivo fútil, que tentou ocultar o motivo da morte, que foi feita em forma de emboscada e ainda estando em serviço.
 
"Ele é retratado como um militar desafiador, insubmisso e impulsivo. No caso em análise, ele tirou a vida de um superior hierárquico devido ao temor das repercussões decorrentes de outra ação ilícita que havia cometido no dia anterior, ligada à morte de Marconi Souza Santos. Por fim, temos a circunstância de insensível e indiferente do Apelado após o crime, onde em momento algum, demonstrou qualquer sinal de remorso em relação à sua ação", diz trecho do voto do juiz militar 1º tenente PM Douglas Vicente Norimatsu Sakata.
 
No entanto, apesar da condenação de 21 anos 2 4 meses de prisão, Jacinto não será preso por enquanto. Isso porque ele conseguiu na segunda instância em Mato Grosso um habeas corpus para seguir em liberdade enquanto aguarda que o caso seja julgado em todas as instâncias. Enquanto isso ele segue na ativa e uma eventual perda do cargo público só será julgada depois do trânsito e julgado da condenação na esfera criminal.
 
 
 
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