As exportações de soja em Mato Grosso somaram 24,65 milhões de toneladas em 2023. Apesar do volume ser considerado recorde, a queda do preço médio pago pelo grão nos últimos meses tem chamado a atenção. Em julho o valor médio dos envios da oleaginosa fechou em US$ 489,50 a tonelada.
O volume de soja produzida em Mato Grosso embarcado entre janeiro e julho deste ano supera as 22,08 milhões de toneladas do período em 2022. É o que aponta a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Em julho foram enviadas para o exterior 2,26 milhões de toneladas, acima das 1,62 milhão de toneladas do mês em 2022, contudo abaixo das 4,67 milhões de toneladas de junho.
De acordo com o Imea, o escoamento de julho se caracteriza como o segundo maior observado na série histórica para o mês. Além disso, o incremento de 40% frente a julho de 2022 é justificado “pela produção volumosa no estado e a necessidade de abrir espaço nos armazéns”.
“Por outro lado, apesar do volume expressivo de embarques até o momento em 2023, o que chama a atenção é a constante queda no valor médio pago pela soja em MT. Para se ter uma ideia, em julho de 2023 o valor médio dos envios fechou em US$ 489,50 a tonelada, queda de 0,85% em relação ao mês passado e 21,76% ante o mesmo período de 2022, pautada pelo “derretimento” no preço da soja”.
China lidera com quase 60% dos embarques de soja
As 24,65 milhões de toneladas de soja exportadas por Mato Grosso tiveram 37 países como destino em 2023, conforme a Secex. Três países a mais que em 2022.
Somente para a China 14,60 milhões de toneladas de soja foram enviadas, seguido de 1,2 milhão de toneladas para a Espanha e 1,1 milhão de toneladas para o México.
A Argentina, em decorrência aos problemas climáticos enfrentados nesta safra, adquiriu 1,037 milhão de toneladas de soja mato-grossense. A Turquia é o quinto maior consumidor com 742,8 mil toneladas.
O Imea destaca ainda que “espera-se que em agosto de 2023 os envios do estado permaneçam aquecidos, devido à maior competitividade da oleaginosa no mercado internacional”.