Uma decisão do juiz Jean Bezerra, da 7ª Vara Criminal, manteve a prisão de "Gilmar Mendes" do Comando Vermelho e mais oito integrantes da facção em Alto Taquari (479 km ao sul de Cuiabá). O magistrado recebeu a denúncia pelo crime de organização criminosa, mas arquivou a ação relativa ao tráfico de drogas.
Foram mantidas as prisões de "Vitinho", "Gilmar Mendes', Loirim", "Paraguaia". "Fumaça", "Magrão", "Brinquedo", "Menor" e "Zezinho" na decisão publicada no Diário de Justiça de 23 de agosto. Todos possuem passagens criminais e alguns já foram condenados por crimes como tráfico de drogas e até estupro de vulnerável.
Para o magistrado não há de se falar em substituição da prisão por outras medidas cautelares tendo em vista a periculosidade dos membros da facção. "(...) a prisão cautelar foi decretada considerando a periculosidade dos acusados, havendo fortes indícios de que integram organização criminosa denominada 'Comando Vermelho', voltada à prática de diversos crimes graves e violentos, de modo que resta evidente o abalo à ordem pública, a autorizar a medida extrema de restrição da liberdade".
"Do mesmo modo, revela-se a deturpação da ordem pública pela probabilidade de reiteração delitiva, haja vista o histórico criminal acima apresentado, afigurando-se premente a manutenção da prisão preventiva para impedir novas investidas na seara criminosa", consta ainda na decisão.
"Afinal, se a organização criminosa é delito permanente e, se há fortes indícios de que ainda pode estar em plena atuação, o certo é que a prisão dos membros identificados é a solução mais viável neste momento. Ante o exposto, encontrando-se presentes as circunstâncias fáticas que justificaram a prisão preventiva dos acusados, não havendo alteração a ensejar sua revogação", argumentou ainda o juiz.