Uma decisão do juiz Jean Bezerra, da 7ª Vara Criminal, manteve a prisão de cinco líderes do Comando Vermelho, todos presos na Penitenciária Central do Estado (PCE). Eles foram alvos da Operação Impacto, em fevereiro de 2022, por serem os "cabeças" da facção criminosa no estado. Além dos líderes, o magistrado também manteve a segregação de outros 11 faccionados.
Os líderes do Comando Vermelho respondem a várias ações criminais, o que significa que, mesmo que conseguissem a liberdade provisória nesse processo, ainda continuariam presos por causa dos demais processos.
São alvo da decisão publicada no Diário de Justiça de 29 de agosto os líderes da facção Sandro Silva Rabelo, o "Sandro Louco", Jonas Souza Garcia Júnio, o "Batman", Fábio Aparecido Marques do Nascimento, Renildo Silva Rios e Sérgio Borges de Oliveira, o "Lacoste".
A defesa dos réus questionou as provas obtidas através de perícia nos celulares. Renildo pediu acesso à informações como como e onde foram guardados os celulares, inclusive o histórico de lacres, quem foram os servidores que acessaram os aparelhos e qual a metodologia utilizada para análise do material.
"A pluralidade de crimes supostamente praticados pela organização é evidente. Há indícios de uma forte comercialização de drogas por parte da facção 'Comando Vermelho', com uma vultosa movimentação de valores auferidos com o tráfico, os quais eram distribuídos entres o lideres maiores da organização", diz trecho da decisão.
Além de manter as prisões, o juiz também marcou para os dias 9 e 10 de outubro a audiência de instrução e julgamento. Na ocasião serão ouvidas testemunhas de defesa de quatro réus. Essa primeira etapa do julgamento será realizada por meio de videoconferência.