A advogada Diana Alves Ribeiro, presa Operação Ativo Oculto, em abril deste ano, tentou na Justiça a retirada da tornozeleira eletrônica "alegando a necessidade de exercer sua atividade profissional". Ela ficou conhecida por ser a advogada do líder do Comando Vermelho em Mato Grosso, "Sandro Louco" e sua esposa, sendo a responsável por pagamentos de despesas do casal.
Ela foi presa em 3 de abril deste ano, mas conseguiu o direito à prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica porque como advogada tem direito à ser presa em sala de Estado Maior. Como não existe essa estrutura no Estado, ela foi solta com o monitoramento eletrônico.
Ainda assim, a defesa da advogada afirmou que a prisão domiciliar não é suficiente e que é necessária a revogação das medidas cautelares para que ela possa exercer suas atividades como advogada, que estão restritas porque ela deve permanecer em casa.
Apesar das alegações, para o juiz Jean Bezerra, da 7ª Vara Criminal, ela já foi beneficiada com a prisão domiciliar e não há nenhum fato novo que justifique a retirada da tornozeleira.
"Desse modo, a gravidade concreta das condutas em julgamento não autoriza a flexibilização das condições impostas ao cumprimento da prisão domiciliar que já beneficiou, e muito, a ré, cuja necessidade de segregação cautelar para a garantia da ordem pública permanece hígida", diz trecho da decisão.
E que, "a ré encontra-se em prisão domiciliar exclusivamente pela inexistência de Sala de Estado Maior que atenda à prerrogativa a que faz jus, de modo que, caso estivesse recolhida, igualmente não poderia exercer sua atividade profissional".