Quarta-feira, 11 de setembro de 2024
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OPERAÇÃO ALTER EGO

Justiça mantém prisão de chefão do CV que organizava assassinatos e sessões de tortura

Membros de facção se reportavam a réu para definir prática de crimes

Foto: Reprodução

Justiça mantém prisão de chefão do CV que organizava assassinatos e sessões de tortura
O juiz Jean Bezerra, da 7ª Vara Criminal, manteve a prisão de E.M.S., apontado como chefe do Comando Vermelho na região de Primavera do Leste (231 km ao sul de Cuiabá). Ele está detido desde dezembro de 2022, quando foi alvo da Operação Alter Ego. Segundo denúncia do Ministério Público do Estado (MPE) ele organizava a execução de crimes como homicídios, sessões de tortura e ameaças, roubos e tráfico de drogas.
 
Segundo as investigações da Operação Alter Ego, E. é líder da facção na região e os demais integrantes se reportavam a ele não só sobre os crimes realizados, mas também com a prestação de contas do dinheiro arrecadado com atividades ilícitas, inclusive as mensalidades dos faccionados e as taxas pagas pelos comerciantes para não serem roubados.
 
Além de E. foram alvos da operação seu irmão e sua mãe, que participavam das atividades criminosas. Era para a conta dele inclusive que eram feitas as transferências e PIX com os valores arrecadados que deveriam ser pagos ao Comando Vermelho.
 
Para o magistrado, a prisão do chefe do CV em Primavera do Leste ainda se faz necessária, tendo em vista que suas ações "abalam sobremaneira a ordem pública" e qie mesmo que ele "ostente bons predicados pessoais, estes não impedem a decretação da prisão preventiva, mormente quando evidenciada a gravidade dos ilícitos cometidos".
 
"Exatamente por este motivo – ou seja, por reputar que as ações isoladas dos membros das organizações criminosas são essenciais para a continuidade destas – é que os Tribunais Superiores, em casos como o ora em apreço, têm reconhecido, de forma recorrente e consolidada, a imprescindibilidade da prisão preventiva como forma de obstar as ações das facções e assim resguardar a ordem pública", argumentou ainda o juiz.
 
 

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