Juíza remarca julgamento de acusados de "lavar" dinheiro do tráfico em postos

A juíza Ana Cristina Mendes remarcou para 23 de outubro a audiência de instrução dos réus presos na Operação Jumbo 2, de setembro de 2022. Eles são acusados de "lavar" o dinheiro do tráfico de drogas em postos de combustível e distribuidoras de bebidas. Segundo as investigações, a organização criminosa movimentou mais de R$ 350 milhões em quatro anos.
 
“Considerando a necessidade de readequar a pauta de audiências deste Juízo, redesigno a audiência de instrução e julgamento, outrora designada, somente para o dia 23 de outubro de 2023, a partir das 09h30min, ocasião em que serão inquiridas as testemunhas comuns e interrogado os acusados”, diz trecho da decisão.
 
O grupo era liderado pelo empresário Thiago Gomes de Souza, mais conhecido como "Thiago Baleia". Através das empresas eles recebiam o dinheiro arrecadado pelo Comando Vermelho com o tráfico de drogas em Mato Grosso e o legalizavam nos postos de combustível  distribuidoras, mineradoras e até empresas de transporte.
 
Os nove réus respondem pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro. Caso sejam condenados eles poderão pegar pena de três a 10 anos de prisão por cada um dos delitos, dependendo da participação de cada um na organização e a atuação na lavagem de dinheiro.
 
Segundo as investigações, a quadrilha tinha integrantes em Mato Grosso, São Paulo e Roraima. A segunda fase da Operação Jumbo é resultado da análise dos celulares apreendidos na primeira fase, que mostraram a ligação de Thiago Baleia e sua liderança no grupo. Foram identificadas pessoas físicas que emprestavam contas para o grupo e ainda empresas de fachada usadas apenas para a "lavagem" do dinheiro.