Membro do Comando Vermelho preso na Operação Alter Ego, de dezembro de 2022, tenta na Justiça conseguir a liberdade provisória alegando que não recebe insulina para o tratamento de diabetes dentro da Penitenciária de Água Boa (730 km a leste de Cuiabá). Segundo as investigações, ele era um dos responsáveis por punir os integrantes que denunciavam as ações da facção para os policiais.
Segundo pedido feito à Justiça, R.T.O. tem diabetes e o Estado não tem feito a entrega do medicamento, que precisou ser comprado pela família e entregue pelo advogado para que ele continuasse o tratamento.
No entanto, o relato do preso foi desmentido pelos registros da penitenciária, que mostraram consultas com médicos e entrega de medicamentos, com exceção do clonazepan, que está em falta no sistema penitenciário. Esses argumentos fizeram com que o juiz Jean Bezerra, da 7ª Vara Criminal, negasse a soltura do faccionado.
"Desta feita, não se visualiza – ao menos não com base na documentação anexa aos autos – a impossibilidade de tratar das enfermidades do requerente dentro do próprio estabelecimento prisional, não sendo possível presumir, à míngua de maiores elementos de prova, a imprescindibilidade da conversão da prisão preventiva em domiciliar", diz trecho da decisão.
Operação Alter Ego
Deflagrada pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Primavera do Leste, a Operação Alter Ego teve como alvos membros do Comando Vermelho que cometeram crimes como tráfico de drogas, furtos, roubos e até homicídios na região.
O líder do grupo criminoso foi preso em Goiás, utilizando identidade falsa para se librar da prisão. Na época foram cumpridos mais de 244 ordens judiciais entre mandados de prisão e de busca e apreensão.