Sábado, 2 de dezembro de 2023
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OPERAÇÃO SODOMA

Silval usou propina em desapropriação para pagar dívida com ex-deputada

Dos mais de R$ 15 mi desviados, R$ 700 mil foram parar nas mãos de Luciane Bezerra

Silval usou propina em desapropriação para pagar dívida com ex-deputada

Foto: Reprodução

O empresário Filinto Muller, delator da 4ª fase da Operação Sodoma, acusa a ex-deputada estadual e ex-prefeita de Juara, Luciane Bezerra, de ter recebido parte da propina na desapropriação de um terreno no Jardim Liberdade, em Cuiabá. O dinheiro era referente a uma dívida de Silval Barbosa com ela no valor de R$ 1 milhão, do qual R$ 700 mil foram pagos pelo esquema da venda do terreno.
 
Deflagrada em setembro de 2015, a Operação Sodoma investigou um esquema de pagamento de propina através da desapropriação de um terreno de 55 hectares. O valor de mercado era R$ 17,8 milhões, mas o Estado pagou R$ 31,7 milhões, com a diferença de R$ 15,8 milhões sendo embolsada por Silval e seus secretários de confiança como Pedro Nadaf e Marcel de Cursi.
 
O esquema envolveu empresários, secretários e servidores públicos do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan), Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), Procuradoria Geral do Estado (PGE) e Casa Civil.
 
Segundo a denúncia do MPE, "haveria indícios de envolvimento de Luciane Bezerra" na fraude. Baseado na delação de Filinto Muller, Silval tinha uma "dívida com a ex-deputada de R$ 1 milhão e que ele repassou a ela o valor de R$ 700 mil e, ainda, que ela sabia que o pagamento da dívida era realizado com dinheiro oriundo de desvios públicos".
 
A defesa de Luciane ainda tentou alegar que ela tem foro privilegiado por conta dos cargos públicos, no entanto, segundo consta na decisão da juíza Ana Cristina Mendes que condenou Silval Barbosa, sua diplomação como prefeita ocorreu depois da finalização do inquérito policial e, por isso, a ação não deveria ser enviada para a instância superior.

A sentença revela ainda que Luciane será investigada em outra ação.

A ex-parlamentar é uma das filmadas por Sílvio Cézar Côrrea, ex-chefe de gabinete de Silval Barbosa, recebendo dinheiro vivo no Palácio Paiaguás. Em delação, Sílvio e Silval relataram que o dinheiro pago aos deputados era propina para que eles não criassem empecilhos nas obras da Copa do Mundo e do programa MT Integrado.

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