Sábado, 2 de dezembro de 2023
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Notícias Judiciário

DESAPROPRIAÇÃO FRAUDULENTA

Ex-secretário coagiu empresário a pagar propina de R$ 15 milhões em MT

Condenado, ele alega que é vítima da vingança dos demais réus

Decisão da juíza Ana Cristina Mendes que condenou Silval Barbosa a 23 anos de prisão pelo desvio de dinheiro público na desapropriação de um terreno em Cuiabá mostrou a participação de cada integrante da organização criminosa no esquema. Marcel de Cursi, ex-secretário de Fazenda, foi o responsável de fazer a proposta ao dono do terreno, Antônio Rodrigues de Carvalho.
 
O esquema foi montado por Silval Barbosa para pagar dívidas de campanha e foi revelado pela Operação Sodoma, em 2015. O Estado desapropriou um terreno no Jardim Liberdade, em Cuiabá, que valia R$ 17 milhões por R$ 31 milhões.
 
A diferença entre o valor real e o que foi pago foi dividida entre a quadrilha que incluía servidores e secretários da Casa Civil, Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan), Procuradoria Geral do Estado (PGE) e Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat).
 
Apesar de Marcel de Cursi negar as acusações, Pedro Nadaf e também Antônio o apontaram como o intermediador do pagamento de propina. Segundo Nafaf, "Marcel tinha ciência de que haveria 'retorno' e que falou para Marcel que ele ia receber uma participação do valor".
 
Marcel chegou a alegar que os outros réus "estariam envolvendo ele nos fatos deste processo por vingança, já que ele havia atrapalhado alguns deles".
 
Mas, para a magistrada esse argumento não "se sustenta, pois, nesse caso, que justificativa haveria para o acusado Antônio que era um empresário, sem qualquer ligação com os membros do Executivo e que morou fora do país, o identificasse como sendo o agente que fez a solicitação da vantagem indevida".

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