Quarta-feira, 11 de setembro de 2024
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OPERAÇÃO ROTA FINAL

Em tratamento contra câncer em SP, ex-deputado pede adiamento de julgamento

Juiz diz que estado de saúde não é desculpa para não participar de audiência

Foto: Reprodução

Em tratamento contra câncer em SP, ex-deputado pede adiamento de julgamento
Investigado por participar de fraudes nas licitações do transporte intermunicipal, o ex-deputado estadual Pedro Satélite pediu à Justiça que adiasse a audiência de instrução e julgamento já que ele está em São Paulo para tratamento de um câncer no pâncreas. O pedido foi negado pelo juiz Marcos Faleiros.
 
A audiência em questão está marca para os dias 14 e 16 de novembro. No primeiro dia serão ouvidas as testemunhas de acusação e no segundo dia as testemunhas de defesa e os réus.
 
"Como já deliberado anteriormente pelo Desembargador Marcos Machado, o atual estado de saúde do acusado Pedro Inácio Weigert [Pedro Satélite] não pode servir de escusa com a finalidade de não comparecer nos atos processuais, podendo estar presente por meio de videoconferência", diz trecho da decisão.
 
O deputado estadual Dilmar Dal Bosco, outro réu no processo, alegou que sua defesa não teve acesso integral aos autos, porém o magistrado afirmou que o processo estava liberado e que as delações já tem dois anos, ou seja há tempo suficiente para que a defesa verifique o processo, não sendo necessário o adiamento da audiência.
 
"Conforme determinado pelo Desembargador Marcos Machado, as falhas ou problemas de sistema/acesso, bem como o acesso aos autos relacionados às medidas cautelares e ao acordo de colaboração premiada, estão autorizados, permitindo a obtenção de cópias da maneira desejada. Os documentos solicitados estão disponíveis no Tribunal de Justiça do Mato Grosso (TJMT) desde o dia 25 de julho, data da intimação da decisão mencionada", consta ainda na decisão.
 
Operação Rota Final

O esquema de fraudes nas licitações do sistema de transporte intermunicipal foram revelados pela Operação Rota Final, de 2018. O processo tem mais de 13 mil páginas e mostra como os integrantes manipulavam os processos de concessão do transporte para impedir que fosse feita uma nova licitação. Eles chegaram a apresentar estudos fraudulentos de que o novo modelo seria inviável para o transporte de passageiros, além de se utilizar de terceiros para ingressar com ações para barrar o procedimento licitatório.
 
 

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