Terça-feira, 8 de outubro de 2024
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ARTIMANHA JURÍDICA

Condenado por cobrar propina usando nome de desembargador, empresário 'foge' da Justiça

Citação sobre a pena, que deve ser cumprida em regime fechado, ocorre por edital

Foto: Reprodução

Condenado por cobrar propina usando nome de desembargador, empresário 'foge' da Justiça
Condenado a 4 anos e 4 meses de prisão por ter usado o nome do desembargador Orlando Perri para cobrar R$ 150 mil de propina, o empresário Ricardo Augusto Aschar Buffulin está foragido da Justiça, que fará a citação da condenação por edital, para que ele tome ciência da pena.
 
A condenação é setembro deste ano e desde então o Judiciário tenta localizá-lo. A pena deverá ser cumprida em regime fechado, porém, ele ganhou o direito de recorrer em liberdade.
 
"E, para que chegue ao conhecimento de todos e que ninguém, no futuro, possa alegar ignorância, expediu-se o presente Edital que será afixado no lugar de costume e publicado na forma da Lei", diz trecho da decisão do juiz Jean Bezerra, da 7ª Vara Criminal.
 
O crime foi cometido em 2017, quando o empresário cobrou R$ 150 mil de um traficante afirmando que teria influência com o desembargador para conseguir a soltura do cliente. Os advogados do traficante denunciaram o caso ao próprio Perri após Ricardo não ter conseguido a liberdade provisória e ainda se negar a devolver o dinheiro pago.
 
"Já a culpabilidade do delito ultrapassou o juízo de reprovabilidade previsto no tipo, pois o réu aproveitou-se de uma verdadeiro vínculo pré-existente (de amizade ou relacionamento social) com membro do Judiciário, utilizando mensagens enviadas pelo próprio magistrado nos grupos e de forma privada pelo aplicativo de mensagens WhatsApp, assim como fotografias de momentos de descontração em eventos e locais de confraternização em que o julgador aparece para convencer os advogados envolvidos de sua capacidade de influir no êxito da demanda", diz trecho da condenação.
 
Uma dos advogados que denunciou o caso foi Rogério Ramos Varanda Júnior, filho do vereador por Cuiabá Rogério Varanda (MDB). O vereador chegou a vender o carro da esposa e contrair empréstimo, já que o traficante exigiu o valor pago de propina de volta. 
 
 

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