Sexta-feira, 18 de julho de 2025
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CASO ZAMPIERI

Suposta mandante diz que recebeu fotos de covas com ameaças de morte

Maria Angélica Caixeta Gontijo afirma que foi perseguida por um motoqueiro

Foto: Reprodução

Suposta mandante diz que recebeu fotos de covas com ameaças de morte
Apontada como a mandante do assassinato do advogado, Roberto Zampieri, Maria Angélica Caixeta Gontijo, possui extensa lista de boletins registrados contra o jurista. Em um dos B.O, ela afirma que recebeu fotos de cova, e ameaças de que seria morta se não deixasse a 'situação' quieta. O documento foi registrado no dia 26 de agosto de 2022. No mês seguinte, o advogado registrou uma queixa-crime contra a empresária, que conforme decisão obtida com exclusividade pelo J1, Maria Angélica foi condenada a pagar R$ 200 mil por calúnia, injúria e difamação contra Zampieri e Evelci de Rossi.

Em um dos boletins de ocorrências, este registrado na cidade de Água Boa (650 km de Cuiabá), na ocasião Maria Angélica diz que possui uma terra denominada 'Fazenda da Mineira', com 5.109 hectares localizada às margens do rio das mortes na região do 'Lago Feio', no município de Ribeirão Cascalheira.

A mulher alega que a terra havia sido invadida por terceiros, no entanto foi reintegrada com ajuda da Justiça. Diz ainda que possui um veículo que é utilizado dentro da propriedade para dar apoio aos colaboradores em atividades de manutenção. No entanto, conta que no dia 01 de agosto foi vítima de um ataque, pois atearam fogo no veículo estacionado na fazenda.

Segundo a mulher, ela foi diversas vezes até a fazenda para providenciar algo relacionado à terras, no entando, na manhã do dia 26 de agosto de 2022 ela observou que um motoqueiro, em uma Honda Broz, aparentemente armado (com volume na região da cintura) estava observando e começou a segui-lá. E que por volta das 13h, do mesmo dia, recebeu ligação via aplicativo de whatsapp de um oficial de Justiça, identificado como Sebastião, que perguntou se ela poderia pagar as custas no momento e também se ele poderia ir até a propriedade, mas ela disse que já era tarde de sexta-feira e que não conseguiria pagar as custas no momento, e se ele se importava de programar para a próxima semana. 

"Ficou acertado para a próxima semana. No entanto, por volta das 14h, Maria Angélica disse que foi abordada dentro do lava-jato na presença de várias pessoas, por outro oficial de justiça chamado Werner Solle, que estava na companhia da Polícia Militar, e ainda a tratou com bastante rispidez", conforme o boletim. 

Consta ainda no registro que ela achou estranho o fato do homem saber que ela estava no lava-jato. O fato foi parar na delegacia, mas sem maiores avanços. Dias depois ela foi informada de que Roberto Zampieri havia pagado as custas solicitadas. Ela diz que tem certeza, que as perseguições partem do advogado, uma vez que ela não possui dívidas ou desafetos.  

Seu único problema seria seu vizinho, Evelci de Rossi, vulgo 'Alex', e que junto com o advogado são suspeitos de atos de vandalismo contra ela. Por isso ela não possui outros suspeitos que tem objetivo de prejudicá-la.

"Foi vítima de atos de agressão contra sua pessoa por parte dos funcionários de Evelci e Roberto, advogado que a representava e que foi dispensado da prestação de serviços devido a negligência profissional e o não cumprimento dos serviços contratados", diz um trecho da denúncia contra o advogado.

Dias antes de registrar o boletim, ela alega ter recebido mensagens de um colaborador de Evelci, afirmando que ela deve deixar a situação quieta se não quiser ser morta, as mensagens ainda traziam fotos de covas.

O crime

Roberto foi morto dentro de seu carro logo após sair do escritório de advocacia, no dia 5 de dezembro deste ano. Ele foi atingido por 10 tiros

Prisão dos suspeitos

No dia 20 deste mês, a Polícia Civil divulgou que o autor dos disparos, Antônio Gomes da Silva, foi preso em ação conjunta da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá e de Belo Horizonte na cidade de Santa Luzia, região metropolitana da capital mineira.

Na tarde do mesmo dia, Maria Angélica Caixeta Gontijo, apontada como a mandante do crime, foi presa na cidade de Patos de Minas, também em Minas Gerais.

Já no dia 21 de dezembro, foi preso um terceiro envolvido, Hedilerson Fialho Martins Barbosa, também em Minas Gerais. Ele teria sido o responsável por contratar Antônio Gomes da Silva, o autor dos disparos. Foi também quem forneceu a arma usada no crime para o pistoleiro.  
 
 
 
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