O secretário de Estado de Educação, Alan Porto, criticou as ações do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Mato Grosso (Sintep-MT), que tem reclamado da falta de acesso à gestão. "O problema é que o sindicato não está muito preocupado em dialogar sobre valorização salarial, modernização e estratégias para, de fato, melhorar a aprendizagem".
Em dezembro, o sindicato divulgou que depois de 12 meses de espera por audiência com o secretário, a reunião foi desmarcada e sem nova data para acontecer.
Entre as reclamações do representante dos trabalhadores está o cancelamento de duas importantes conquistas da categoria durante a gestão de Mauro Mendes (União): a lei do poder da dobra de compra e a gestão democrática.
A lei 510/2013 previa a dobra do poder de compra dos educadores em um período de 10 anos, de 2013 a 2023. Já a gestão democrática significava que a própria comunidade escolar votava para eleger diretores e coordenadores pedagógicos.
Sobre a lei da dobra do poder de compra, Alan se defendeu lembrando do abono salarial pago no final de 2023 que chegou a R$ 10 mil em alguns casos.
"Nós pagamos as RGAs [revisão geral anual] e agora nós temos uma gratificação por resultado. Teve professor que no final do ano teve 13º, 14º e 15º salário. Se a gente for contabilizar isso e dividir por mês, melhorou e muito o poder de compra. Dos 33 mil profissionais da educação, 87% foram gratificados".
Já sobre a falta da gestão democrática, Porto afirmou que o Estado tem seguido o modelo de estados com bons resultados na área da educação.
"Quando a gente olha para o Espírito Santo e Ceará, que são referências no Brasil, utilizam o modelo de seleção por competência e resultado. Uma escola hoje recebe em torno de R$ 350 mil por ano, será que esse profissional eleito tem competência para gerir uma escola?".