O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Valdeir Pereira, se defendeu das
críticas do secretário de Educação Alan Porto, que acusou os sindicalistas de não quererem dialogar. "O secretário mente, não é verdadeiro. Na realidade esse tem sido o perfil da Secretaria de Educação".
Segundo Valdeir, em 2023 foram solicitadas seis reuniões com Alan Porto, dos quais apenas duas foram atendidas, mas sem a presença do representante maior da Seduc.
"Fomos recebidos pelo 2º ou 3º escalão, que falavam que iriam levar as reivindicações para o secretário, mas nunca tivemos uma resposta oficial".
O secretário de Educação também citou que a valorização salarial não veio pela lei da dobra do poder de compra - que previa dobrar os salários em 10 anos e foi cancelado pelo governo Mauro Mendes (União) após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) - mas chegou pelo abono pago no final de 2023 que chegou, em alguns casos, a R$ 10 mil.
"Nós somos contrários a abonos, porque o que valoriza o servidor é ter salário, não é abono que pode vir em um mês e depois outro governo retirar. Com o salário você pode organizar sua vida financeira", argumentou o sindicalista.
Ele ainda enfatizou que o abono não entra na conta da Previdência. "Inclusive quando pega licença maternidade, afastamento por cirurgia, que são direitos legais, não tem direito a esse bônus. A gente defende salário, diferente do Estado, que oferece esse tipo de 'penduricalho'. Isso não é valorização.