Uma decisão do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Og Fernandes manteve a prisão do
líder religioso, Luiz Antônio Rodrigues Silva, 49 anos, de Cuiabá acusado de abusar das fiéis durante as "sessões" espirituais. Ele está detido desde setembro de 2023 e chegou a ser solto, mas foi novamente preso após tentar retomar as atividades na Casa de Umbanda Caboclo 7 Estrelas.
Ele responde pelos crimes de ameaça, importunação sexual e estupro. Pelo menos 13 mulheres já procuraram a Polícia para denunciar o religioso que "utilizava sua condição de sacerdote" para abusar das vítimas.
Preso pela primeira vez em 5 de setembro, o homem foi solto um dia depois na audiência de custódia. No entanto, voltou a ser detido dias depois, após postar nas redes sociais que voltaria aos "trabalhos", o que a Polícia Civil entendeu como um "ato intimidador às vítimas". Inclusive depois que ele foi solto as vítimas deixaram de procurar a delegacia.
"Não se percebem, portanto, os requisitos para a concessão do pedido liminar, já que ausente constrangimento ilegal verificado de plano. Fica reservada ao órgão competente a análise mais aprofundada da matéria por ocasião do julgamento definitivo. Ante o exposto, indefiro o pedido de liminar", diz trecho da decisão do ministro.