Uma decisão do juiz Jean Bezerra, da 7ª Vara Criminal, manteve a ação contra o empresário Alexssandro Neves de Botelho, acusado de pagar propina para a locação de automóveis na gestão do ex-governador Silval Barbosa.
O empresário alegou à Justiça que não foram apresentados fundamentos para o prosseguimento da ação em tela. No entanto, o magistrado negou o recurso, tendo em vista a relevância dos documentos que constam no processo.
"In casu, a questão atacada já foi objeto de apreciação por ocasião do recebimento da denúncia e da análise da resposta à acusação, quando então foram rejeitadas as preliminares de denúncia genérica e violação aos princípios do contraditório e ampla defesa, designando-se, na sequência, a audiência de instrução", diz trecho da decisão.
E que "a decisão foi clara ao rejeitar as teses suscitadas e determinar o prosseguimento do feito em face do embargante, frisando que a suposta ausência de lastro probatório mínimo, aduzido nestes aclaratórios, é questão de mérito que deverá ser apreciada no decorrer da instrução processual".
Esquema na gestão Silval
Alexssandro é acusado de fazer parte de um esquema de pagamento de propina na gestão de Silval Barbosa, com a participação do ex-secretário Pedro Elias e do filho de Silval, Rodrigo da Cunha Barbosa.
Para participar dos contratos de locação de veículos em 2012 e 2013 as empresas deveriam pagar propina. Segundo a denúncia do Ministério Público do Estado (MPE), era o empresário que fazia as cobranças aos proprietários de locadoras, chegando a conseguir em um dos casos R$ 42 mil.