Marido é preso por espancar mulher até a morte com vassoura
O homem disse para a polícia que a mulher teria caído de uma janela
Banda B
01/02/2024 - 16:47
Foto: Reprodução/Redes Sociais
A jovem Tais Santos, de 25 anos, foi encontrada morta dentro de casa, nesta quarta-feira (1º), em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. De acordo com a Polícia Civil, o marido Robson Ribeiro, de 44 anos, é apontado como o autor do assassinato. Ele foi preso em flagrante.
Conforme as investigações, o homem teria utilizado uma vassoura para espancar a esposa. Ele mesmo teria ligado para a Polícia Militar quando percebeu que a vítima estava sem vida.
A delegada Juliana Cordeiro, da Delegacia de Piraquara, disse que Robson alegou que Tais teria caído de uma janela, por isso estava ferida.
“Tentando justificar as lesões no corpo, ele disse que ela tinha caído. No entanto, não eram lesões coincidentes com uma queda. Logo em seguida ele mudou novamente a versão dele e disse que havia espancado ela com um cabo de vassoura, no entanto alegou que havia sido em dias anteriores e não naquele dia”, detalhou a Juliana Cordeiro.
Ainda, conforme a delegada, Robson só teria acionado os órgãos de segurança quando a mulher já estava sem vida. Tais estava bastante machucada e, aparentemente, com braço e perna quebrados.
“A gente não pode afirmar agora porque estamos aguardando o laudo, mas aparentemente parecia que ela estava com uma fratura na perna e outra no braço, além de algumas lesões […] Ele não procurou ajuda. Inclusive, ouvimos familiares dela que falaram que ele não entrou em contato, não relatou nenhum tipo de que ela estava acamada, também não procurou SAMU e nem um órgão municipal para buscar socorro para parceira dele. Ele só procurou quando ela já estava em óbito”, disse a delegada.
Segundo Juliana Cordeiro, o depoimento de Robson foi bastante contraditório.
“Ele estava calmo. Confessou a agressão, disse que bateu nela há dez dias, mas que a morte não tem relação com a agressão […] ele fala que foi há dez dias, depois há sete dias, ele está com versões conflitantes. A gente realmente vai ter que aguardar o laudo para saber quando foram as agressões e a causa da morte”, afirmou.
O casal estava junto há três anos e a família de Tais teria relatado para os policiais que as brigas eram constantes. Robson já havia sido preso por agredir a esposa. Depois de ser solto, prometeu que iria mudar.
“A violência doméstica tem um ciclo: começa com um xingamento, depois vai para uma ameaça e depois a agressão física. Aí a mulher perdoa e retorna para lua de mel, que é o período que o homem pede desculpas, diz que não vai acontecer e retoma novamente para o primeiro grau, volta a xingar , volta a ameaçar e a bater. Pelo o que ouvimos da família, eram bem constantes as brigas entre os dois, inclusive, a irmã disse que ela aparecia com lesões visíveis no rosto”, informou a delegada.
Robson segue preso e, caso condenado, pode pegar de 12 a 30 anos de prisão.