Acusado de participação no crime que ficou conhecido como “chacina da Fazenda São João”, Joilson James Queiroz, 58, senta no banco dos réus na próxima terça-feira (06). O júri popular será realizado em Várzea Grande a partir das 13h30 no Plenário do Fórum de Várzea Grande.
Joilson foi denunciado pelo Ministério Público, junto com mais sete pessoas, pelas mortes de Pedro Francisco da Silva, José Ferreira de Almeida, Itamar Batista Barcelos e Areli Manoel de Oliveira. Os crimes aconteceram na propriedade de João Arcanjo Ribeiro, nas represas de psicultura, no dia 20 de março de 2004.
De acordo com a denúncia do MP, os acusados trabalhavam na Fazenda São João e as vítimas teriam entrado na propriedade, sem autorização, para pescar.
A denúncia aponta que Joilson era o administrador da fazenda e os demais denunciados como seguranças. De acordo com o MP, foi Joilson que deu a ordem para os seguranças matarem três vítimas, após a primeira ter sido morta a tiros.
Advogado de defesa de Joilson, Jorge Godoy destaca que o réu nega participação nos crimes e afirma que nunca foi administrador da fazenda, como afirmado pelo MP em denúncia ofertada. Não sendo administrador, não tinha comando sobre os seguranças.
“Segundo depoimentos prestados por Joilson em juízo, ele nega participação nos crimes. Afirma que foi chamado ao local pelos outros acusados, mas quando chegou as vítimas já tinham sido todas mortas”.
Jorge Godoy ainda enfatiza que as provas citadas pelo MP são baseadas em delações sem qualquer lastro probatório que sustente as versões dos outros corréus, que verdadeiramente participaram do crime.