A Justiça do Mato Grosso atendeu ao pedido de Renato Cardoso Lima Scheffer, filho fora do casamento do barão do agro Eraí Maggi Scheffer, e autorizou a produção antecipada de provas para determinar qual é o tamanho do patrimônio do empresário. Um dos sócios do Grupo Bom Futuro, Eraí terá 60 dias para identificar todos os bens móveis e imóveis que compõem o seu patrimônio.
Renato, nascido em 1990 da relação que Eraí teve com a cozinheira de uma das fazendas da família na época, acionou a Justiça por entender que o empresário vinha antecipando em vida a herança para os três filhos que teve em seu casamento com Marilene Trento Scheffer, sua companheira há décadas.
A Justiça indeferiu a produção de provas sobre o patrimônio da mulher e dos filhos frutos do casamento, mas determinou que o empresário identifique quais bens foram doados a eles.
Eraí precisará prestar informações sobre as doações de cotas da holding EMK2A, que administra o patrimônio da família, e terá que informar qual era o percentual de cada doação em relação ao seu patrimônio no momento em que elas foram oficializadas.
A decisão foi tomada no último dia 6. Se os documentos não forem enviados dentro do prazo, Eraí poderá ser alvo de busca e apreensão ou de outras medidas judiciais para obtenção dos documentos.
Não existe a possibilidade de Eraí apresentar recurso contra essa decisão, mas uma audiência de conciliação foi marcada entre o empresário e Renato, no dia 21 deste mês, para tentar solucionar o conflito. A reunião será presencial.
Os outros três filhos do agropecuarista, Kleverson, Kleidimara e Antonio, e a mulher, Marilene, irão figurar no processo apenas como interessados. Já o Grupo Bom Futuro e a holding EMK2a foram excluídos da ação judicial.