O delegado Nilson André Farias de Oliveira, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) representou pedido de prisão temporária, e quebra de sigilo telefônico do casal de fazendeiros e empresários,
Aníbal Manoel Laurindo e Elenice Ballarotti Laurindo, apontados como ‘novos’ mandantes da morte do advogado Roberto Zampieri. O pedido ainda se estende à ordem de busca e apreensão na propriedade dos alvos.
O jurista foi morto em dezembro do ano passado, em frente ao seu escritório no Bosque da Saúde, em Cuiabá. Inicialmente, a empresária Maria Angélica Gontijo, havia sido presa por suspeita de ser a mandante do crime, mas
foi solta por falta de provas contra ela.
As investigações indicam que o casal teria encomendado a morte do advogado devido a uma disputa de terras, que os suspeitos teriam perdido para a vítima, na justiça. O delegado que comanda as investigações, representou ainda pedido de medidas contra
José Vanderlei Laurindo, que é irmão de Aníbal.
"Trata-se de Inquérito Policial instaurado por portaria visando apurar a prática do crime de homicídio qualificado praticado mediante paga ou promessa de recompensa praticados pelos suspeitos Anibal Manoel Laurindo e Elenice Ballarotti Laurindo em face da vítima Roberto Zampieri, o qual foi morto no dia 05/12/2023", diz um trecho do documento.
O documento encaminhado ao juiz do Núcleo de Inquéritos Policiais, João Bosco Soares, vazou na tarde de hoje para alguns jornalistas que fazem a cobertura no segmento policial antes mesmo de ser analisado.
"Boa tarde. Tenho a informação importante sobre o caso do homicídio do advogado Roberto Zampieri. O Ministério Público pediu ontem a prisão de mais três pessoas envolvidas na morte, informação quente que recebi da própria promotoria de justiça", disse o autor do vazamento do pedido de prisão à mídia utilizando-se de um telefone com prefixo de outro estado.
O executor do crime, o pistoleiro
Antônio Gomes da Silva, confessou ter cometido o homicídio após receber R$ 20 mil. Também foram presos por suposta participação na morte do advogado o instrutor de tiros,
Hedilerson Barbosa, e o coronel aposentado
Etevaldo Luiz Caçadini, que são apontados como intermediador e financiador da execução.
O Ministério Público Estadual denunciou os três pelo crime, no último dia 6. O caso segue sendo investigado.
