Domingo, 13 de outubro de 2024
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PAIXÃO ANIMAL

Engenheiro larga trabalho formal para cuidar de 400 cães

Paulo Santangelo nunca teve cachorros de estimação até seus 41 anos

Foto: Reprodução

Engenheiro larga trabalho formal para cuidar de 400 cães
O carioca Paulo Santangelo era engenheiro de comunicações e se mudou para Guarda do Embaú, em Florianópolis, em 2010 por conta do trabalho. Mal sabia ele que sua vida tomaria outro rumo. Paulo, que nunca havia cuidado de um cachorro até os 41 anos, hoje é responsável por cuidar praticamente sozinho de 400 cães em um abrigo.

Ele afirma que doou sua vida aos cachorros: trabalha de forma integral no abrigo, com ajuda de voluntários e doadores de ração, para cuidar dos cães. Além de dar moradia, alimentar, castrar e vacinar os cães, Paulo ainda faz exames veterinários, medica, faz fisioterapia com os cães, auxilia as cadelinhas prenhas a terem os filhotes de forma segura, entre outros cuidados.

Atualmente, o sítio abriga cães nas mais diversas condições: resgatados de maus-tratos ou atropelamento, cadelas prenhas ou com suas ninhadas, filhotes abandonados sem suas mães, cães que precisam de isolamento por causa de doenças contagiosas, adultos saudáveis e idosos. Todos castrados e vacinados.

Paulo conta que no trajeto para ir da sua casa na praia da Guarda do Embaú até seu antigo trabalho, em Capoeiras, percebia que havia muitos cachorros abandonados. O cuidador se incomodava com o fato de os animais estarem vulneráveis e as pessoas não parecerem se importar com a situação. “Eu comecei a olhar para eles e senti que tinha que fazer alguma coisa”, diz Paulo.

Um dia, no ano de 2012, enquanto fazia esse trajeto, Paulo viu um cachorro atropelado, com a mandíbula quebrada, e o levou para clínica veterinária. Depois que o cão se recuperou, Paulo começou a entender a necessidade dos animais, e resolveu participar de feira de adoções para doá-lo. Nesse meio tempo, o cuidador conheceu uma cadelinha, que apareceu na porta de sua casa e lhe deu uma lição de vida sobre os animais, a Dorinha:

“Ela aparecia todos os dias na minha casa, e um dia ela sumiu. Eu que nunca tive preocupação com animais, fiquei preocupado porque ela havia sumido. Até que um mês depois, em um dia de chuva, ela voltou, bem magrinha e com as ‘tetas’ inchadas. Eu coloquei ela para dentro da minha casa, fechei a porta e fui para o trabalho, quando eu voltei, ela tinha destruído a casa toda. Levei ela no veterinário, e ele disse que a cadela havia tido filhotes em algum lugar e estava inquieta porque precisava amamentá-los. Eu cheguei em casa e soltei ela, e ela sumiu de novo por uns três dias. Quando ela reapareceu, as ‘tetas’ já estavam murchas, então eu pensei ‘os filhotes sobreviveram'”, conta Paulo.
 
 

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