Quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025
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METAL ILEGAL

​PRF apreende 100 quilos de mercúrio que abasteceriam garimpos em MT

Um dos presos informou que receberia R$ 50 mil por transporte do metal ilegal

Foto: Reprodução

​PRF apreende 100 quilos de mercúrio que abasteceriam garimpos em MT
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu nesta terça-feira (27) 100 quilos de mercúrio na região de Pontes e Lacerda. O metal iria abastecer garimpos na região.

Duas pessoas foram presas. Uma delas falou que receberia R$ 500 por quilo de mercúrio transportado, ou seja, R$ 50 mil.

O metal foi encaminhado para a delegacia de Polícia Federal de Cáceres para registro do flagrante. 


Ainda não há detalhes de como os policiais realizaram o flagrante. A tendência é de que a partir desta apreensão, abra-se uma investigação para chegar aos fornecedores de mercúrio para a região.

Pontes e Lacerda ganhou fama nos últimos anos por conta de garimpos. Em 2015, a região da Serra da Borda, ficou conhecida como a "nova Serra Pelada", diante da facilidade de se encontrar ouro no local.

Várias operações foram realizadas para retirar garimpeiros da região até a regularização da área.

É também no município que está a terra indígena Sararé, conhecida pela exploração de garimpo ilegal. A PF também realizou operações na região para retirar garimpeiros ilegais do local, destruindo os maquinários.


O mercúrio é utilizado no garimpo para a separação do ouro. Estudos indicam que este mercúrio é despejado no ambiente sem qualquer cuidado e se acumula no sedimento dos rios. Ali, converte-se em metilmercúrio (a forma química mais perigosa), onde é incorporado aos organismos aquáticos, como peixes. Ele causa destruição ao meio ambiente e oferece risco à vida humana.

O uso de mercúrio em garimpos de ouro é proibido. Recentemente, a PF realizou duas fases da Operação Hermes (Hg) para desbaratar um esquema de contrabando de mercúrio. O metal entrava no Brasil pela Polívia, em compartimentos falsos de veículos, e também vinha da China, em frascos shampoo, por exemplo. O principal líder do esquema, Arnoldo Veggi da Silva, ficou conhecido como "Dodo Escobar".
 
 
 
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