Uma decisão do juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal, negou pedido de revogação de prisão e manteve um ladrão de veículos de luxo preso.
Webster Venancio Campos, de 29 anos, foi preso em 2022 dirigindo uma caminhonete roubada que seria levada para a Bolívia. O investigado já havia sido preso em 2017, acusado de integrar uma quadrilha especializada em roubos de veículos que eram comercializados na região de fronteira Brasil/Bolívia. A decisão foi publicada nesta quarta-feira (20) no Diário Oficial.
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Dado o contexto dos autos e os predicados pessoais do réu, nota-se que a prisão preventiva se mostra imprescindível neste momento e não é cabível a substituição por medidas cautelares diversas, seja pela já mencionada gravidade dos delitos, seja por responder a outras ações penais semelhantes ou porque o acusado teria participado de complexa organização criminosa voltada à perpetração de furtos, roubos e estelionatos", diz um trecho da decisão.
No pedido, a defesa afirma que as medidas cautelares diversas da prisão são suficientes para garantir a ordem pública neste momento, uma vez que o acusado já possui tempo de prisão suficiente, além de trabalho formal e lícito. Alegou ainda que a situação processual de Webster é semelhante à de Alex José Proença da Silva, que teve sua prisão revogada.
Em contrapartida, o juiz cita diversas passagens criminais do réu e a gravidade dos delitos por ele praticados, e afirma que a atuação do réu dentro da organização é mais expressiva.
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Verifica-se que a denúncia encartada nos autos principais delineia um envolvimento maior de Webster Venâncio Campos com a criminalidade, na medida em que este, em tese, integrava mais núcleos da organização criminosa e participava de mais atividades delituosas do que o corréu previamente mencionado", diz a decisão.