Enquanto a empresária Marchiane Fritzen (UB) se reúne com forças políticas de Rondonópolis, falando até em projeto próprio do partido com seu nome posto na disputa pela Prefeitura, em outubro, em sinalização clara de ter carta branca até para falar em nome do governador, Mauro Mendes (UB), as últimas informações vindas do Palácio Paiaguás mostram uma realidade totalmente diferente.
O principal interlocutor do gestor estadual, o ex-senador, Cidinho Santos (PP), que coordenou as duas últimas campanhas eleitorais de Mauro, garantiu à imprensa que o governador não vai entrar em 'bola dividida' e nas cidades onde houver dois aliados, sobretudo membros de sua base na Assembleia Legislativa de Mato Grosso – ALMT duelando nas urnas, caso de Rondonópolis, sua posição será de neutralidade total.
A fala freou o ímpeto de Marchiane, considerada internamente uma decepção para o partido que a viu não alcançar nem 7 mil votos em Rondonópolis, em 2022, para o cargo de deputada federal, mesmo amparada por um fundo partidária que ultrapassou os R$ 2,5 milhões. Fritzen, que iniciou na política querendo se apresentar ao eleitorado como bolsonarista, tem demonstrado em movimentos recentes ser unicamente mais um fruto da chamada conveniência do centrão.
Em fala recente, Marchiane minimizou a influência do ex-presidente e citou seu enfraquecimento em virtude da condenação que recebeu da Justiça Eleitoral, o que lhe tirou qualquer condição de ajudar a cidade, em sua visão. “Bolsonaro hoje, até por conta da inelegibilidade, não teria forças para ajudar o município”, citou, reiterando que não faz qualquer acepção de pessoas ou de grupo político, deixando claro estar aberta a conversar ‘independente se é Bolsonaro ou não’.
A empresária tem levado o UB para sentar-se na mesma com MDB, PSB e PSD, siglas que são base do Governo Lula. No caso da última citada, ela ainda é liderada no estado pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que se tornou inimigo do governador.