Domingo, 20 de abril de 2025
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FARDA SUJA

Juiz mantém prisão de PM gravado cobrando propina para liberar moto apreendida

Militar exigia R$ 1 mil para liberar motocicleta da vítima apreendida

Foto: Reprodução

Juiz mantém prisão de PM gravado cobrando propina para liberar moto apreendida
O juiz Marcos Faleiros, da 11ª Vara Criminal, Especializada em Justiça Militar, manteve a prisão do 2º sargento C.B.B., detido em Paranatinga (373 km ao sul de Cuiabá) por apreender ilegalmente uma motocicleta e depois cobrar propina para liberar o veículo e anular a multa. O crime foi gravado pela própria vítima.

Segundo o motociclista, ele foi abordado e o sargento afirmou que havia vendido aquela moto para um terceiro homem e ainda não havia recebido o pagamento, motivo pelo qual iria apreender o veículo. Depois de entregar o bem, o motorista recebeu uma ligação na qual o militar cobrava R$ 1 mil para liberar a moto e cancelar a multa.

Além do testemunho da vítima, o motociclista também apresentou como provas as conversas pelo WhatsApp onde combinavam o pagamento do valor, o comprovante do PIX realizado, além de um vídeo em que o PM aparece cobrando o valor.


Ao manter a prisão o magistrado enfatizou a gravidade do delito cometido por um policial. "Inobstante, a gravidade do ato cometido dentro de um quartel compromete significativamente a ordem administrativa militar e a ordem pública. Logo, após demonstrada a prova da existência da materialidade e indícios suficientes da autoria delitiva, chega-se à conclusão de que a prisão preventiva é medida necessária, diante da gravidade concreta da conduta que atenta contra a ordem pública e contra a hierarquia e disciplina militares".

E que "considerando a vítima civil e a necessidade de diligências para melhores esclarecimentos dos fatos, as quais serão implementadas no competente Inquérito Policial Militar, a conveniência da instrução criminal pode ser abalada pela liberdade do réu, o que reforça, por ora, a necessidade de sua segregação".
 
 
 
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