A deputada federal pelo PL do Mato Grosso, Amália Barros, que morreu aos 39 anos, estava internada em São Paulo por conta de um nódulo no pâncreas. O comunicado da morte foi divulgado na página da parlamentar no X neste domingo (12).
Ao g1 MT, a assessoria de Amália confirmou que a deputada descobriu um nódulo benigno enquanto fazia tratamento para engravidar.
Segundo o assessor, a deputada tinha o sonho de ser mãe e falava abertamente sobre o assunto. Com a morte da deputada federal, o agricultor e ex-deputado Nelson Ned Previdente, conhecido como Nelson Barbudo (PL-MT) deve assumir vaga deixada por Amália Barros na Câmara.
“Ela sempre brincava sobre o rodízio na Câmara e dizia que o Barbudo não precisava pedir rodízio porque iria ser mãe no meio desse mandato”, relembra o assessor.
Em uma entrevista de dezembro de 2022, no programa “Conexão Global”, do site Repórter MT, a deputada citou o tratamento para engravidar e que estava focada em ser mãe. (Veja acima)
Eleita deputada federal em 2022 por Mato Grosso, Amália era vice-presidente do PL Mulher nacional e integrou as comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, dos Direitos da Mulher e da Educação na Câmara dos Deputados.
Vida e carreira
Paulista de Mogi Mirim e formada em Jornalismo, Amália Barros perdeu a visão do olho esquerdo aos 20 anos por conta de uma toxoplasmose. Após passar por 15 cirurgias, ela teve que remover o olho e passar a usar uma prótese ocular em 2016.
Desde então, a congressista adotou o gesto da mão cobrindo seu olho esquerdo como sua marca registrada e passou a lutar por pautas relativas à toxoplasmose e à visibilidade de pessoas monoculares.
Amália inspirou a Lei 14.126/2021, apelidada com o nome, que classifica a visão com apenas um olho como uma deficiência sensorial.