Uma empresária de Bandeirantes, no interior do Paraná, entrou com uma ação em maio deste ano para cobrar R$ 108,8 mil em dívidas de Roberto Zampieri. Porém, o
advogado foi morto em dezembro de 2023, executado em frente ao seu escritório no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá.
O "detalhe" que passou despercebido pela defesa da empresária foi questionado pelo juiz Alexandre Elias Filho, da 8ª Vara Cível de Cuiabá, que "comunicou" à mulher sobre a morte do advogado em decisão publicada no Diário de Justiça de 10 de maio.
O magistrado concedeu um prazo de 15 dias para a defesa emendar a inicial para que os herdeiros passem a ser o polo passivo da ação para que a dívida possa ser cobrada.
Em seu pedido a empresária afirma que é microempreendedora e vendeu feno, alfafa e aveia para o trato de cavalos para Roberto Zampieri. Os 108,8 mil são referentes a parcelas da dívida que deveriam ter sido quitadas entre novembro de 2023 e janeiro de 2024.
O valor atualizado chega a R$ 115 mil. A defesa da empresária pede que se não for realizado o pagamento voluntário, sejam bloqueados os bens do advogado e, posteriormente vendidos esses bens para que o valor seja pago.
Morte trágica
Zampieri foi morto aos 56 anos na noite de 5 de dezembro de 2023 quando saía de seu escritório em Cuiabá. O homem chegou armado e executou a vítima à queima roupa. As investigações apontam que uma
disputa de terras na Justiça foi a motivação para o assassinato do advogado.