Mato Grosso está em segundo no ranking dos magistrados mais caros do país, perdendo apenas para Mato Grosso do Sul. O dado foi revelado pelo levantamento Justiça em Números, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com base nas informações de 2023 fornecidas pelos tribunais.
De acordo com o documento, o custo mensal dos juízes mato-grossenses é, em média, de R$ 116.622.
No Brasil o gasto médio com os magistrados - o que inclui salários, benefícios, encargos, Previdência, diárias, passagens e indenizações - é de R$ 73.777. O maior valor é o do Mato Grosso do Sul, R$ 120.354, e o menor do Alagoas, de R$ 40.673.
Já na comparação dos custos com os servidores a média da Justiça estadual em Mato Grosso é de R$ 22.313, o quarto maior do país, atrás de Minas Gerais (R$ 27.454), Distrito Federal (R$ 25.866) e Santa Catarina (R$ 24.407). A média brasileira é de R$ 19.119.
O levantamento mostrou ainda que apesar dos altos gastos com os magistrados, 26,3% dos cargos para esse concurso público estão vagos, percentual maior do que em outros tribunais de médio porte como Goiás (25,5%), Distrito Federal (24,7%) e Maranhão (20,4%). A média no país de cargos vagos na Justiça estadual é de 22,3%.
Sobre o gênero dos juízes e desembargadores, o Justiça em Números mostrou que dos magistrados mato-grossenses apenas 36,1% são mulheres. Na primeira instância elas são 37,1%, já entre os servidores, o sexo feminino ocupa 61% das vagas, o quarto melhor resultado do país.
No ranking de participação feminina entre os tribunais estaduais, Mato Grosso fica em 15º entre os que mais possuem mulheres nesses cargos. O maior percentual é do Rio de Janeiro, com 48,7%, e o menor no Piauí, com 26,4%.
Já em relação à raça, apenas 4% se declararam negros ou pardos, o terceiro pior percentual do país, perdendo apenas para Santa Catarina (2,8%) e São Paulo (3,9%). Entre os juízes de primeiro grau somente 4,2% são pardos ou negros, participação que aumenta significativamente entre os servidores, onde 43,8% afirmaram serem negros ou pardos.