Uma decisão do juiz João Bosco Soares, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), determinou a retirada da tornozeleira eletrônica de Elenice Laurindo, esposa do fazendeiro
Aníbal Laurindo, apontado pelas investigações como suposto mandante da morte do advogado Roberto Zampieri, em dezembro de 2023. Como ela não foi indiciada pelo crime, o magistrado entendeu que não há necessidade da medida cautelar.
"Sendo assim, diante da ausência de indiciamento em face da representada, revogo todas as cautelares diversas da prisão impostas à investigada Elenice Laurindo. Dessa feita, intime-se a representada para que compareça à Central de Monitoramento Eletrônico, a fim de remover a tornozeleira eletrônica", ordenou o juiz.
Além do produtor rural, foram indiciados pelo assassinato o instrutor de tiro
Herilerson Martins Barbosa, dono da arma e suspeito de intermediar o crime, o coronel do Exército Etevaldo Luiz de Vargas, que supostamente financiou o homicídio, e o pedreiro Antônio Gomes da Silva, executor do assassinato.
Elenice chegou a ter a prisão expedida, mas não se apresentou à Polícia e nesse período conseguiu um habeas corpus para se livrar da detenção. O pedido foi feito após ter sido constatado que ela fez transferências bancárias para o coronel acusado de ser o mandante do crime.
Zampieri foi executado com 10 tiros em 5 de dezembro de 2023, após sair de seu escritório, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. As investigações da Polícia Civil mostraram que o crime foi motivado por uma disputa por uma fazenda de R$ 100 milhões em Paranatinga (373 km ao sul de Cuiabá), na qual o advogado representava a parte que consegui na Justiça a posse da área.