Terça-feira, 14 de janeiro de 2025
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CASO ZAMPIERI

​Assassino diz que foi pressionado pela Polícia e que irá revelar mandante de execução de advogado ao júri

O pedreiro afirmou que teve seu direito de defesa prejudicado pelos delegados do caso

Foto: Reprodução

​Assassino diz que foi pressionado pela Polícia e que irá revelar mandante de execução de advogado ao júri
Acusado de assassinar o advogado Roberto Zampieri, o pedreiro Antônio Gomes da Silva prestou depoimento nesta segunda-feira (22) e afirmou que foi pressionado pela Polícia Civil para apontar os mandantes e que os demais réus não são os verdadeiros responsáveis pelo crime. Ele afirmou que dirá o verdadeiro nome apenas ao Tribunal do Júri "por garantia de vida".

"Eu não vou revelar agora, porque sei com quem estou mexendo. Rechaço a participação do Hedilerson, do coronel e do Aníbal. Eu só falei por pressão dos delegados. Falaram que meus filhos estavam lá embaixo e que poderiam incriminar eles", disse em seu depoimento.

Hedilerson Barbosa é acusado de ser o intermediador do crime e ter cedido a arma, já o coronel do Exército Etevaldo Caçadini é apontado como o financiador. E Aníbal Laurindo foi denunciado pelo Ministério Público do Estado (MPE) como o mandante do crime. A motivação seria a disputa de uma fazenda em Paranatinga (373 km ao sul de Cuiabá) avaliada em R$ 100 milhões.


Antônio confessou que executou Zampieri em dezembro de 2023, mas que pegou a arma de Hedilerson sem que ele soubesse. "Usei ela [arma] porque estava em uma situação de pressão naquele momento. Como ele tem permissão para viajar com a arma, usei. Ele não sabia. Ele soube quando foi preso".

O pedreiro voltou a afirmar que teve seu direito de defesa prejudicado pelos delegados do caso. O argumento foi utilizado pelos advogados dele na tentativa de conseguir a liberdade provisória no Superior Tribunal de Justiça (STJ), o que foi negado.

"Em nenhum momento me falaram isso. Não foi falado que eu tinha direito, nem que podia ficar em silêncio. Eles chegaram com um monte de fotos das supostas pessoas que eles achavam que estavam no crime e perguntaram sobre um cara com sotaque italiano. Eu disse que não conhecia", garantiu.

Na mesma noite Hedilerson e o coronel também foram ouvidos. Ambos negaram terem participado do crime. "Me considero inocente e confio que a justiça será feita. Mesmo se tivesse condições financeiras, não é meu perfil e jamais faria isso", se defendeu Etevaldo Caçadini.
 
 
 
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