O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) falou nesta quinta-feira (25) pela primeira vez sobre o assassinato da filha Raquel Cattani, que, segundo as investigações, foi morta a mando do ex-marido, Romero Xavier. Cattani chegou a defender o ex-genro nas redes sociais, mas disse que isso foi parte de uma estratégia.
"Tínhamos que manter ele por perto".
Em entrevista à Rádio Cultura, Cattani contou que a família suspeitava do ex-genro, mas que o manteve por perto para que não fugisse.
"Nós tínhamos que mantê-lo por perto, se não, hoje, talvez, não estaríamos com o desfecho que está. Então tudo que foi feito foi para que pudéssemos elucidar os fatos".
O parlamentar explicou que continuou em contato com Romero para que ele permanecesse na cidade. O homem chegou a ir ao velório de Raquel no último sábado, onde chorou e pediu justiça pelo crime.
Romero foi ouvido pela Polícia Civil na última sexta-feira (19), dia do crime, mas foi liberado porque tinha um álibi. Enquanto o feminicídio era cometido, ele realizou um churrasco para amigos e conhecidos, para reforçar que não tinha saído de Nova Mutum (264 km ao norte de Cuiabá), já que o crime aconteceu na zona rural.
Raquel foi morta com mais de 30 facadas em uma fazenda no assentamento Pontal do Marape. As investigações mostraram que Romero encomendou o crime ao próprio irmão, Rodrigo Xavier, que foi quem executou a vítima. No local, Rodrigo ainda tentou simular um latrocínio (roubo seguido de morte). Os dois foram presos no final desta quarta-feira (24).